Como sempre digo em minhas aulas, administrar o próprio dinheiro é uma arte, e não somente um conjunto de técnicas. Cada ser humano é único, implicando que as decisões sobre como gerenciar as finanças pessoais, devem levar em consideração as peculiaridades de cada indivíduo/família. Dessa forma, educar-se, financeiramente falando, requer um conjunto de ações a serem colocadas em prática, com o propósito de atingir objetivos que, muitas vezes, transcendem às questões puramente financeiras.
Dentro desse conjunto de ações, é possível destacar algumas importantes: gerenciamento de riscos, desenvolvimento de habilidades, busca por novos conhecimentos, aperfeiçoamento das relações interpessoais, planejamento do orçamento pessoal, definição de objetivos, dentre outros. Tais ações significam, constantemente, buscar inovar, construir, diferenciar-se, ir além. Podemos inferir, portanto, que o “sucesso” financeiro e pessoal é baseado em atitudes proativas, que pouco dependem de questões externas, mas da própria força de vontade de fazer acontecer, de aceitar a possibilidade de mudanças.
Do lado oposto aos que agem buscando conquistar seus objetivos, estão aqueles que apenas reagem às circunstâncias. Pessoas reativas, geralmente, estão ligadas ao conformismo, aceitação e submissão. Muitas vezes, essa postura defensiva tem sua origem no medo de errar. Não se assume riscos, planejamento parece algo inalcançável, e as prioridades são sempre adiadas. Vive-se apenas o dia a dia, gastando o precioso tempo disponível administrando conflitos (pagamento de dívidas, contas do mês etc) e realizando tarefas que permitam alguma fuga da realidade (comprando compulsivamente, navegando nas redes sociais, assistindo programas de entretenimento na TV, dentre outros).
O que estou querendo argumentar é que, sendo a administração do dinheiro uma arte, a forma como nos comportamos diariamente irá refletir, indubitavelmente, na obra do próprio artista. Pessoas que agem, farão de suas finanças pessoais um instrumento poderoso, em busca do bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual. Já aquelas que apenas reagem, serão moldadas conforme o ambiente em que estão inseridas, encontrando-se em posição passiva e cegas às oportunidades.
Certamente, apenas agir não é condição suficiente para atingir a felicidade, mas é necessária. As ações devem estar pautadas em princípios sólidos e valores corretos. Isso porque de nada adianta ser alguém proativo, se todo o esforço está sendo feito na direção errada. Para não cair nessa armadilha, é preciso, primeiramente, se conhecer, definir as prioridades e focar naquilo que é importante. Somente dessa forma as ações financeiras se mostrarão adequadas, sendo os frutos colhidos ao longo do caminho bastante saborosos.
Portanto, aja, e não apenas reaja! Além disso, busque o caminho certo.
Boa sorte em suas finanças e vida pessoal.