Se há uma coisa que me aborrece enquanto Educador Financeiro, é deparar-me com alguém prometendo a fórmula sobre “Como sair das dívidas de maneira FÁCIL e RÁPIDA“.
De um lado temos uma pessoa angustiada com a própria situação financeira e de outro alguém se aproveitando dessa fragilidade para vender uma solução que não existe.
Se você quiser saber como ULTRAPASSAR a barreira das dívidas de maneira REAL, nada melhor do que aprender com quem passou por isso na pele e VENCEU, não é mesmo?
Então, segure-se na cadeira, tenha muito foco, pois as próximas linhas poderão ser a inspiração que lhe faltava para seguir o caminho do bom gerenciamento financeiro.
Duvido que termine esse texto da mesma forma que entrou nele…
Como tudo começou…
Estava eu verificando a caixa de entrada de meus e-mails, quando deparei-me com a seguinte mensagem:
* clique na imagem para visualizá-la de maneira mais nítida.
Você pode imaginar como eu fiquei feliz em ler isso?
Então, propus um desafio a essa grande mulher: “poderia escrever um texto contando sua história, para poder inspirar outras pessoas a entrar nessa trajetória vitoriosa?“.
E para nossa sorte, não é que ela aceitou!!!!!!
A seguir, vão alguns trechos do texto que ela compartilhou conosco.
Como se Endividar mesmo Ganhando Bem
O início da história se deu da seguinte maneira.
Quando casei-me em 2005, considero que eu e meu esposo fomos responsáveis financeiramente. Não usávamos cartão de crédito, tínhamos lista dos nossos sonhos, realizávamos um a um e à vista. Sempre tínhamos algum dinheiro guardado. Nosso salário era normal, nem pouco nem muito.
Acontece que, como não tínhamos educação financeira, acabávamos realizando apenas os sonhos de curto prazo, ainda que à vista. Mas ainda assim considerava sermos responsáveis financeiramente, comparando com amigos mais próximos e familiares.
Até aí tudo bem, mas algumas coisas aconteceram (filhos e um ótimo trabalho). Veja:
Em 2009 veio o primeiro filho, mas continuamos com a mesma organização e mesmos salários. Em 2011, na segunda gravidez e com o sucesso de passar num excelente concurso, a renda aumentou de forma maravilhosa, mais que dobrou.
Porém, éramos muito cobrados, principalmente pela minha família e amigos mais próximos, para termos um padrão de vida condizente com o cargo que ocupava, já que mantínhamos o padrão mais simples, o qual nos atendia.
Foi a partir desse momento, cedendo às pressões de consumo, que as coisas começaram a perder o controle…
Com o tempo, resolvemos nos adaptar ao novo salário, não só por cobranças externas, mas também porque nos sentíamos tentados a melhorar o padrão de vida. Melhores celulares com contas mais completas, assinatura de TV com o melhor pacote, viagens mais luxuosas, roupas melhores, querendo conhecer melhores restaurantes, utilizando-se de empréstimo pessoal para troca de carro…. e assim fomos buscando o padrão de vida que a maioria das pessoas tem.
Saímos do apartamento e fomos pra uma casa bem maior, comprada por meio de financiamento pessoal, já que a Caixa não financiava, e a prestação ficou muuuuuittto alta, mas podíamos pagar.
Acha que ficou por aí? Ainda tem mais.
Com a vinda do terceiro filho, passamos a utilizar cartão de crédito e passamos a depender dele para conseguir arcar com os gastos no mês até a vinda do próximo salário. A fatura ficava cada vez mais alta.
Alternávamos períodos de grande economia para tentar voltar ao equilíbrio financeiro, com períodos com gastos altos, fora do que podíamos naquele momento, por sentir que não estávamos vivendo aquilo que lutamos para poder.
Com a rotina corrida, cansativa e com filhos pequenos, já não conseguíamos abrir mão de pequenos (ou grandes) prazeres no fim de semana, afinal tínhamos direito a ter uma qualidade de vida melhor, viajar uma vez por ano se tornou obrigatório, mesmo que sem condições.
Deu para perceber que uma pressão externa (amigos e família) virou um padrão de pensamento do casal, e que tais paradigmas começaram a arruinar as finanças?
Mas vamos continuar com o depoimento.
Em certo momento, todo dinheiro extra (13º salário, férias, imposto de renda) era utilizado somente para cobrir rombos ou ajudar nas despesas obrigatórias do mês.
Chegamos ao ponto de ficarmos sem limite no cartão, sem dinheiro na conta, nenhum centavo pra finalizarmos o mês até o próximo salário.
Nossa situação financeira me incomodava demais e sempre que sentávamos para tratar disso, acabávamos brigando, acusando um ao outro. Não encontrávamos uma solução já que ganhávamos muito bem, trabalhávamos o dia todo e não tínhamos expectativa de aumentar a renda.
Como sair das Dívidas Definitivamente?
Você consegue imaginar como deve ser angustiante ganhar milhares de reais e viver nas dívidas?
Certamente, uma pessoa em tal situação se agarraria a qualquer promessa de transformação fácil e rápida, mas felizmente não foi isso que nossa personagem fez.
Vamos ver o que aconteceu.
Comecei a buscar ajuda em sites de finanças, tentava aplicar seus conceitos, mas todos falavam apenas dos pequenos gastos, do cafezinho, de anotar tudo, ou 7 dicas pra mudar radicalmente a vida financeira, eu anotava, mas não conseguia obter nenhum êxito, e após alguns meses voltava a ficar desmotivada com a nossa vida financeira.
No final de 2016 voltei a ler sobre finanças. Encontrei alguns especialistas que falavam sobre hábitos de consumos, e foi então que cheguei, não me lembro como, a um curso do Prof. Elisson.
Opa, veja que foi aí que eu entrei! Agora, vejamos o que aconteceu…
Achei o curso MARAVILHOSO. Me ajudou não só na área financeira, mas num conhecimento maior do meu eu, de o quanto de minha vida se baseava na expectativa e hábito dos outros.
Pude perceber que fazia muitas coisas não porque queria, mas por influência/cobrança dos outros e fiquei indignada por conhecer como as empresas manipulam nossos hábitos, nossos desejos de consumo e trabalham para nos fazer sentirmos insatisfeitos constantemente para querermos consumir mais.
O curso focava muito mais na pessoa do que no dinheiro, muito mais no comportamento do que em anotações. Dessa forma, fiz uma reconstrução do que achava sobre consumismo, sonhos, hábitos, do próprio dinheiro.
Nesse ponto, cabe uma reflexão.
Esse é um dos blogs de finanças pessoais brasileiro que mais foca no ser humano, para só depois, pensar em dinheiro. E, apesar dessa ideia ser ruim para VENDER um produto, já que não oferece nada FÁCIL E RÁPIDO, acaba sendo a mais eficiente quando colocada EM PRÁTICA.
Mas vamos continuar a nossa história, pois ela ainda tem muitos outros ensinamentos.
Iniciei o curso e o controle das finanças, acompanhadas por uma mudança na minha mentalidade. Conversei com meu esposo, resumi o que havia aprendido até ali e simplesmente AMEI a questão da conversa empática. Como isso fez toda a diferença nos nossos diálogos sobre nossa vida financeira!!!!!
Toda vez que discordávamos de algo e não conseguíamos entrar em um acordo, ao invés de começarmos a nos atacar, parávamos a conversa por ali, cada um ia pensar numa nova solução. E não é que sempre surgia uma terceira solução!
Agora, uma boa dose de REALIDADE aos fatos…
Mas tudo o que estou contando não foi tão mágico assim não. Depois de uns dois meses parei de acompanhar o curso, voltamos a gastar sem planejar e a nos enrolar.
Aí vi que seria uma construção lenta, trabalhosa, detalhada, mas que precisava ser feita, que era necessária porque já tínhamos conquistado pequenas coisas como quitar e cancelar o cartão de crédito, mas ainda não havíamos conseguido gastar menos do que ganhávamos no mês.
Também percebemos que a anotação de receitas e despesas era muito importante, pois nos faz ver que gastamos muito mais do que pensamos, saímos muito mais do que achamos que saíamos e dá uma noção daquilo que pode ser reduzido.
Foi então, que o caminho do controle financeiro, finalmente foi alcançado.
Pronto!!! Depois de muitos meses passamos a gastar somente aquilo que recebíamos. Com o dinheiro extra do final do ano fizemos a vista aqueles gastos que geralmente iam pro cartão de crédito, como material escolar, conserto de carro, etc. já que 13º, férias iam pra complementar o mês.
E, finalmente, em janeiro de 2017!!!! Um ano depois de iniciar o curso, após meses de controle das finanças, busca de conhecimento na área, conseguimos fazer com que sobrasse dinheiro entre um salário e outro.
Isso foi uma vitória muito grande para nós.
E como será que estão hoje?
Ainda não podemos poupar com essa pequena sobra, pois ainda há ajustes a serem feitos, e a parcela da casa é muuuuuuuuittttooo grande.
Mas só de ter a esperança de que os valores recebidos além do salário poderão nos ajudar a iniciar o planejamento dos nossos sonhos, é uma materialização do trabalho que viemos fazendo durante o último ano.
É por isso que tenho que agradecer ao professor Elisson, que faz esse trabalho de educação financeira e que foi essencial para que minhas Finanças não fossem parar no fundo do poço!!!
E aí, deu para perceber o sentido da palavra CONSTRUÇÃO, dentro de um processo de mudança de hábitos financeiros definitivo e duradouro?
Quem sabe você não seja nossa próxima história?
Em breve lançarei um desafio para quem deseja colocar as finanças em uma rota que seja possível viabilizar sonhos.
Para tal, estou criando ferramentas para realizar um diagnóstico preciso sobre como anda sua vida financeira.
Uma delas é um questionário simples, que pode ser feito em menos de 3 minutos, onde você, além de compreender sua situação financeira, ainda pode baixar gratuitamente vídeos e ebooks.
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