A economia
Qualquer prognóstico sobre o futuro da economia, por mais embasado que seja, fica sempre no campo da especulação. É impossível saber, com certeza, qual será o comportamento das variáveis macroeconômicas como inflação, taxa de juros e câmbio, nos próximos anos.
As percepções atuais (do tal “mercado”) indicam um crescimento modesto em 2015 (PIB), e caso isso ocorra provavelmente impactará negativamente não só no nível de emprego, mas também na confiança dos investidores no país. Importante ressaltar que não estou afirmando que o segundo mandato da presidente Dilma será uma catástrofe, entretanto, é preciso ficar de olho pois o cenário econômico não é dos mais favoráveis.
O sucesso ou não do novo governo dependerá muito mais de competência, que de sorte. Será preciso colocar o dedo na ferida em questões relevantes para que o país volte a crescer. Em tal cenário, acompanhar a evolução das atitudes do governo federal se mostrará mais importante do que nunca, para nos posicionarmos em relação às finanças pessoais.
Portanto, a primeira dica é: mantenha-se informado(a) para administrar adequadamente os riscos de suas atitudes econômicas.
Os investimentos
Considerando o alto nível de incerteza atual, a cautela mostra-se como grande amiga e conselheira. Obviamente, se enfrentarmos algum período de crise, oportunidades aparecerão e também é bom ficar de olho.
De maneira geral, podemos investir dinheiro no mercado imobiliário, empresarial ou financeiro. Não tenho intenção alguma de revelar o que minha bola de cristal prevê para cada um desses mercados, mas é bom saber:
– o setor de imóveis vem perdendo o fôlego ao longo dos últimos meses, e conseguir bons lucros nesse mercado está se tornando cada vez mais difícil. E os riscos vão ser maiores quanto piores forem os indicadores econômicos daqui para frente. Se boa parte dos grandes investidores em imóveis já estão cautelosos, não custa também termos cuidado nessa modalidade de investimento para não cair na armadilha de achar que imóvel sempre valoriza;
– o setor empresarial significa abrir o próprio negócio, empreender. Nesse caso, o momento também se apresenta bastante nebuloso para grandes aventuras. Se a inflação continuar a incomodar, fatalmente os juros serão elevados, impactando negativamente na atratividade dessa modalidade investimentos. Não estou afirmando que empreender agora é cavar a própria cova. Apenas dizendo que os riscos (devido ao cenário econômico pouco favorável) devem ser medidos com bastante esmero;
– dentro do setor financeiro, temos os ativos de renda fixa e os de renda variável. A grosso modo, a renda fixa é nosso “porto seguro”. Com altas taxas de juros, a prudência indica reservar parte de seu capital em ativos que protejam seu patrimônio. Em relação à renda variável, mais especificamente falando de ações, entre nesse mercado apenas se souber exatamente o que está fazendo. Obviamente oportunidades existem, mas os riscos estão ficando cada vez maiores.
O que podemos notar é que devido ao cenário atual, está bem difícil identificar boas oportunidades, apesar de elas sempre existirem. Portanto, a segunda dica é: crie o hábito de investir e fique atento(a) aos riscos envolvidos em cada um dos ativos escolhidos.
Os hábitos de consumo
Na possibilidade de um aumento na inflação (e talvez, dos juros), jogar bem na defesa será o divisor de águas de quem se dará bem ou mal, em relação às finanças pessoais. Com preços subindo e crédito (juros) mais caro, os consumistas vão sofrer muito. Além disso, caso alguma crise venha a se instalar no Brasil, as empresas começarão a demitir e, quem não tiver uma reserva de emergência ($$$$$), passará por maus momentos. Imagine ficar desempregado(a) e com dívidas para pagar?
Não estou aqui fazendo uma apologia ao desastre econômico. Apenas alertando que tal cenário pode ocorrer e é preciso estar atento(a). Caso nenhuma crise ocorra, maravilha, pois se as finanças estão preparadas para o pior, quanto mais para o melhor!
Nesse contexto, a saída é se comprometer com uma mudança de hábitos financeiros. Fazendo de boas práticas financeiras um hábito, tudo se torna mais fácil de lidar, dado que o controle estará em suas mãos. Confira a primeira etapa GRATUITA de meu curso sobre hábitos financeiros CLICANDO AQUI.
Portanto, a terceira dica é: administre bem seu orçamento doméstico. Isso porque independentemente de qual será o cenário futuro, você tirará o máximo proveito das situações, aproveitando as oportunidades e passando pelas adversidades de maneira mais amena. Esse é o segredo do sucesso: EDUCAÇÃO FINANCEIRA, que se expressa em comportamentos eficazes e decisões que maximizam o bem estar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como pudemos verificar nesse artigo, existem questões que estão sob nosso controle e outras não, no tocante à boa administração do próprio dinheiro.
Gostando ou não da eleição de Dilma, as atitudes da presidente vão influenciar suas finanças pessoais e INFORMAR-SE é a chave para administrar seus riscos e tomar boas decisões. Vamos torcer para que ela e sua equipe econômica não cometam os mesmos equívocos do passado e o país volte a crescer de maneira sustentável.
Todavia, jogar toda a culpa por um possível fracasso de suas finanças pessoais no governo, também não é a melhor saída. Saiba que você tem em suas mãos um grande poder, como, por exemplo, de decidir como administrar seu suado dinheiro. É nesse ponto que autoconhecimento, revisão de paradigmas financeiros e aquisição de bons hábitos entram em cena. Esta é a “parte que lhe cabe nesse latifúndio”.
Boa sorte em suas finanças e vida pessoal!