Introdução
Quando tomamos a decisão sobre como utilizar nosso suado dinheiro “comprando coisas”, que aqui denominaremos ATIVOS, para as finanças pessoais é muito importante que saibamos suas consequências em relação a Balanço Patrimonial e Fluxo de Caixa.
Dessa forma, o objetivo do presente artigo é exatamente demonstrar esses efeitos e discutir como as decisões sobre quais ativos adquirir ao longo da vida, acabam determinando o sucesso ou fracasso financeiro.
OBS: esse artigo faz parte do projeto WEBINÁRIOS AO VIVO com o Prof. Elisson de Andrade
Efeitos no Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial pessoal é um instrumento que qualquer pessoa pode elaborar, bastando para isso levantar, em dado momento, quais ativos possui e todas as suas dívidas (passivos).
Todavia, não alongando muito no estudo do balanço em sua plenitude, vamos focar apenas nos ativos. Para isso, usarei três exemplos de forma a ilustrar seus diferentes comportamentos ao longo do tempo.
O primeiro a ser citado será o CARRO. Conforme a figura abaixo, é possível notar que a cada balanço patrimonial elaborado ao longo dos anos, o valor desse ativo sempre cai.
Isso significa que, ao comprar ativos como carro, motocicleta, roupas, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, essa decisão tem como consequência uma diminuição do patrimônio – do valor dos ativos – ao longo do tempo.
Um segundo exemplo é a Caderneta de Poupança. Note, na figura abaixo, que ano após ano, o valor desse ativo sempre aumenta.
É importante salientar que o objetivo é demonstrar a característica do ativo, e não dizer se a Caderneta de Poupança é ou não uma boa opção. Muito menos tem-se a intenção de colocar em pauta tal discussão no âmbito de ganhos reais – descontando-se a inflação. A ideia é apenas demonstrar que existem ativos que, consistentemente, aumentam de valor: pense em aplicações de renda-fixa, como CDB e Tesouro Direto.
Por fim, existe um terceiro grupo de ativos, em que seu valor futuro é incerto, ou seja, impossível de se prever com exatidão se aumentará ou diminuirá. Um exemplo clássico desse tipo de ativo são as ações. Na figura abaixo, é possível perceber que se sabe o valor do ativo HOJE. Porém, identificar de antemão como se comportará nos próximos anos, é uma incógnita.
Outro exemplo de ativo de risco são os imóveis. Apesar de muitos acreditarem que eles sempre sobem, isso não é a verdade. O valor desses ativos variam ao sabor do mercado, podendo sim, em determinadas circunstâncias, sofrer quedas substanciais.
Efeitos no Fluxo de Caixa
Já vimos que os ativos podem variar de valor ao longo do tempo. Mas existe um outro efeito, tão importante quanto, que se apresenta pela sua capacidade de gerar receita ou despesa.
Voltando ao exemplo do carro, é bastante claro que esse é um ativo que gera despesa. Ao fazer o orçamento doméstico, certamente você terá anotado gastos com IPVA, seguro, combustível etc. Outros exemplos de ativos que geram despesas são: TV, sua casa, seu cachorro, e por aí vai.
Por outro lado, temos ativos que geram receita. Pense em ações que distribuem dividendos, uma aplicação em renda fixa que paga juros mensais, uma casa de sua propriedade que você coloca para alugar, uma patente.
E, por fim, temos aqueles ativos que não geram nem receita, nem despesa. Um exemplo disso são roupas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Já vimos que nossas decisões sobre quais ativos comprar, geram impacto não só no Balanço Patrimonial, em que eles podem subir ou cair de valor, mas também no fluxo de caixa, gerando receita ou despesa.
Agora vou deixar uma pergunta, para que possa fazer seus comentários ao final dessa página.
Para a população, em geral, quais tipos de ativos estão associados a sucesso financeiro? Liste 5 deles.
Em seguida, aponte quais as características de cada um deles, em relação à expectativa de seu valor ao longo do tempo e de sua capacidade de gerar receita ou despesa.
Você vai ver que, com base nessa simples reflexão, poderá compreender porque muitas pessoas estão com suas finanças no vermelho…
Um forte abraço e boa sorte em suas finanças e vida pessoal!