Você acha que felicidade e dinheiro possuem relação íntima?
Indo além: você concorda com a frase abaixo?
Ou prefere essa?
Para ajudar-lhe a construir uma reflexão mais técnica sobre o assunto, continue lendo esse artigo que irei apresentar 3 sacadas muito interessantes – a número #3 é imperdível.
#1 – Quando dinheiro e felicidade andam de mãos dadas
Argumentamos nesse artigo que: nossas aspirações em relação aos bens materiais ajudam a explicar a relação entre felicidade e dinheiro.
Se a ideia não ficou muito clara, explicarei a seguir.
Considere 3 jovens, com diferentes níveis de renda e mesmas aspirações de consumo, conforme imagem abaixo.
Nessa situação, o jovem mais a direita, que possui a maior renda mensal, tende a ter uma maior probabilidade de atingir seus objetivos financeiros, devido a sua maior renda.
Importante esclarecer que estamos considerando a satisfação das aspirações como uma medida de felicidade. Algo como: quanto mais do que quero, eu conquisto, mais feliz sou.
Estudiosos do assunto também acabam chamando, o que colocamos aqui como felicidade, de bem estar, qualidade de vida ou satisfação pessoal.
Independentemente da nomenclatura, o argumento #1 significa dizer que, para jovens com aspirações semelhantes, aqueles com mais dinheiro tendem a ter um maior bem estar.
#2 – Quando mais dinheiro NÃO traz felicidade
Nessa segunda situação, pense no seguinte: uma pessoa que trabalha ao longo da vida, consegue melhorar sua situação financeira, mas parece nunca estar feliz. Conhece alguém assim?
Isso pode ocorrer quando, mesmo que haja um aumento da renda mensal, as aspirações aumentarem mais que proporcionalmente a elevação da renda.
Explico.
Confira a imagem abaixo, em que se compara a renda e as aspirações de uma mesma pessoa, ao longo da vida.
Essa é uma armadilha bastante comum, que atinge tanto pessoas que iniciam a vida adulta com renda alta, como as de renda mais baixa… Indistintamente.
Simplificando: quanto mais se ganha, mais se quer.
E como estamos associando felicidade com conquista dos objetivos, mesmo com um aumento da renda ao longo da vida, se as expectativas aumentarem na mesma velocidade, a pessoa não perceberá uma melhora significativa no bem estar presente.
Dessa percepção, decorre a próxima dica.
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#3 – A felicidade não está apenas no futuro
As argumentações utilizadas nesse artigo foram retiradas do trabalho do pesquisador Richard Easterlin, publicadas no The Economic Journal de 2001 – clique aqui para acessá-lo.
E uma terceira grande observação do autor é que muitas pessoas tendem supervalorizar o bem estar que um aumento de renda pode lhes trazer no futuro.
Isso ocorre porque desconsideram que, lá na frente, as aspirações poderão ser também maiores, fazendo com o efeito de “ganhar mais” seja inócuo, em relação ao aumento da satisfação pessoal/felicidade.
Dessa forma, o presente acaba se tornando apenas uma espera de se ter mais dinheiro para ser feliz num futuro, que infelizmente nunca chega, pois a vontade de TER mais e mais mitiga os benefícios do aumento da renda.
Considerações Finais
De minha parte, cada vez mais, encaro Educação Financeira como uma ARTE.
A arte de: aprender a refletir, se autoconhecer, definir prioridades, planejar, curtir a caminhada rumo à independência financeira, fazer o dinheiro trabalhar para si e não o contrário, saber lidar com as diferenças de pensamentos dentro de casa…
É a construção de um ser humano mais elevado e confiante, por entender suas limitações e potenciais.
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Dada essa minha missão de abir os olhos para questões mais profundas, o presente artigo buscou ajudar você a refletir sobre um interessante trabalho internacional, dividido didaticamente em 3 etapas.
Espero que tenha sido possível perceber como do dinheiro e a felicidade/bem estar podem estar fortemente ligados às suas aspirações de consumo.
E para finalizar, minhas 3 grandes dicas são:
1) Atenha-se a compreender a si e definir bem seus objetivos, levando menos em consideração as opiniões alheias;
2) Associe a melhor administração do seu dinheiro com LIBERDADE, com EVOLUÇÃO, e não com TER – leia-se consumo.
3) Curta a construção de um novo ser humano e de seu patrimônio financeiro HOJE… todos os dias… Não tome a administração de suas finanças como fim, mas apenas como um meio.
É isso aí. Forte abraço e até o próximo artigo.