Saiba que são suas decisões, e não suas condições, que determinam seu destino – Anthony Robbins
Você sabe o que é HEURÍSTICA e como isso pode fazer você tomar decisões ruins para seu bolso?
Se a resposta for negativa, continue lendo e proteja-se de suas próprias fraquezas.
O QUE É HEURÍSTICA
Quando precisamos tomar uma decisão, seja de qual carro comprar ou onde investir dinheiro, podemos seguir por dois caminhos.
O primeiro deles, é uma análise pormenorizada do problema, analisando todas as informações disponíveis, medindo os custos e benefícios das possibilidades.
Essa análise mais racional é bastante interessante, mas toma tempo e energia para ser colocada em prática.
É por isso que, muitas vezes, utilizamos estratégias simplificadoras, que são regras práticas que nos ajudam a decidir mais rapidamente.
São esses “atalhos” que denominamos de HEURÍSTICAS.
Nesse caso, ao invés de uma análise criteriosa, baseamos nossas decisões em memórias recentes, experiências vividas, dentre outros atalhos que, em geral, nos são muito úteis.
O problema é que, em determinadas situações, as heurísticas nos levam a erros graves de julgamento, que podem nos custar grandes prejuízos para o bolso.
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HEURÍSTICAS E FINANÇAS PESSOAIS
Em meu curso Mudança de Hábitos Financeiros, clique aqui para saber mais, tenho uma terceira etapa totalmente dedicada à análise de decisões – clique aqui para conferir todo o conteúdo desse curso.
E para que você possa ter um maior conhecimento sobre a influência das Heurísticas nas finanças pessoais, estou disponibilizando, pela primeira vez, a vídeo-aula exclusiva do curso MHF sobre o tema.
Confira logo abaixo.
Por que tomar decisões é difícil?
Para fechar com chave de ouro esse artigo, iremos prolongar a discussão sobre análise de riscos, buscando observar não só a maneira como decidimos – racionalmente ou utilizando atalhos, mas também os DESAFIOS implícitos em nossas escolhas diárias.
Para tal, utilizaremos dos ensinamentos de Robert Clemen, que em seu livro Making Hard Decisions, apresenta quatro fatores que podem tornar nossas decisões difíceis. São elas:
1) Complexidade
Em certas ocasiões nos deparamos com decisões relativamente simples, como, por exemplo, escolher em qual restaurante almoçar no sábado, com a família.
Nesse caso simples, podemos levar em consideração as heurísticas, ou até mesmo partir para uma análise mais detalhada, considerando as preferências dos envolvidos, preço da refeição, localização, facilidade de estacionamento, qualidade do atendimento, dentre outros fatores.
Em ambos os casos, ao chegar em uma solução que não seja a ótima, provavelmente as consequências não serão tão danosas.
Por outro lado, existem decisões muito mais complexas, em que fazer uma análise considerando todas as variáveis pode se mostrar extremamente difícil.
Exemplo: sair do emprego atual e abrir o próprio negócio.
Definir todas as variáveis que influenciam a decisão, identificar alternativas e considerar (e estimar) todos os diferentes resultados, não é tarefa trivial.
Fazer uma análise de custo/benefício em uma situação dessas exige conhecimentos mais aprofundados sobre administração que apenas a utilização de heurísticas.
2) Incerteza
Em algumas situações, o principal problema é o alto grau de incerteza quanto às variáveis que afetam nossas decisões.
Se uma pessoa está pensando em se casar, uma análise de custo/benefício torna-se complicada por haver diversas incertezas envolvidas.
Vejamos apenas duas delas: será que daqui a três anos eu estarei apaixonado(a) da mesma forma que estou hoje? Será que não encontrarei alguém muito mais interessante no futuro?
Neste caso, existem incertezas envolvidas que são muito importantes de serem analisadas em uma decisão racional, porém com baixíssimo grau de previsibilidade.
E isso pode ser aplicado a diversas situações, como o lançamento de um produto, em que não se sabe, com certeza: o tamanho do mercado, qual o preço que conseguirá obter na venda do produto no futuro, se haverá surgimento de novos competidores, quais serão os custos de produção e distribuição, e por aí vai.
Fazer estimativas e equacionar tudo isso em números é possível, porém não é nada fácil. E ao utilizar atalhos – heurísticas – você poderá incorrer em grandes prejuízos no futuro.
3) Múltiplos objetivos
A pessoa que toma uma decisão pode estar interessada em trabalhar com vários objetivos ao mesmo tempo.
Todavia, o progresso de um pode impedir que se atinja outros.
Muitas vezes precisamos fazer um trade off entre os benefícios em certa área e os custos em outra.
Um exemplo simples é: quanto mais eu trabalhar, mais conseguirei ganhar dinheiro (objetivo 1); por outro lado, irei passar menos tempo ao lado da família (objetivo 2).
Perceba que esta não é uma análise de custo/benefício de uma só decisão (compro ou não compro um carro). A questão é que não se consegue, em certos casos, limitar as consequências de uma decisão a apenas um objetivo.
Mais uma vez, quando isso ocorre, não é nada fácil encontrar o melhor caminho. E a utilização de heurísticas, pode ser uma grande armadilha…
4) Diferentes perspectivas
Tal característica advém da seguinte questão: diferentes perspectivas levam a diferentes conclusões.
Esse tipo de dificuldade aparece, principalmente, quando mais de uma pessoa está envolvida no processo de tomada de decisões.
Um casal, por exemplo, pode olhar para um mesmo problema através de perspectivas diferentes, discordar sobre a probabilidade de algo acontecer, ou até mesmo diferir na análise sobre quais serão os possíveis resultados.
Exemplo comum está na decisão de um casal em ter filhos.
Uma das partes pode querer antecipar a alegria imensa de ter um filho, enquanto a outra dá um maior peso à questão econômica (um filho aumentaria muito as despesas) e decida adiar ou simplesmente abandonar a ideia de aumentar a família.
Como se pode notar, em certas circunstâncias, tomar decisões não é fácil, mesmo que se analise a questão de maneira racional.
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