O que é consumismo?
Existe muita gente que compra por impulso e compulsivamente, bens ou serviços, sendo que tal característica atrapalha sobremaneira o controle de suas finanças pessoais.
Porém, existem diversos níveis de consumismo e iremos abordá-los pela ótica do fluxo de caixa, conforme explicado a seguir.
Consumismo e Fluxo de Caixa
Traçar o perfil financeiro de qualquer pessoa, para medir seu grau de consumismo, é uma árdua tarefa. Isso porque inclui questões não apenas técnicas, mas também comportamentais e sociais.
Todavia, como todo economista que se preze, é possível simplificar algo complexo, desconsiderando algumas variáveis e focando apenas no que se deseja analisar. E será exatamente isso que farei no presente artigo: classificar o perfil de consumidores pela ótica do fluxo de caixa.
Por que fluxo de caixa?
O Fluxo de Caixa – clique aqui e saiba mais – se mostra como um bom termômetro da vida financeira de um indivíduo ou família, porque representa suas receitas e despesas. Se uma pessoa é consumista e faz dívidas, o fluxo de caixa está ali para denunciar. Se consegue guardar dinheiro ao final do mês, ele também consegue captar.
Ou seja, o fluxo é um instrumento financeiro que permite compreender como uma pessoa se comporta no seu dia a dia, se ganha bem ou pouco, em quais datas vão vencer suas contas e quantas são, quais são seus hábitos etc.
Modalidades de perfil financeiro
A seguir serão apresentados 5 perfis financeiros diferentes, vinculados ao consumismo, tendo como parâmetro principal de análise as receitas e as despesas.
PERFIL 1: FLUXO DE CAIXA POSITIVO E SABE INVESTIR
São pessoas que, constantemente, conseguem fazer que a receita mensal seja maior que as despesas, além de possuírem clareza em relação a onde investir esse excedente. Sob a ótica do fluxo de caixa, é o nível mais avançado de todos os perfis a serem citados. Ou seja, onde o consumismo não passa nem perto.
PERFIL 2: FLUXO DE CAIXA POSITIVO E NÃO SABE INVESTIR
Aqui encontram-se aqueles bastante conscientes da importância de não se gastar mais do que ganha. Entretanto, aplicam o excedente basicamente na caderneta de poupança, ou naquelas sugestões capciosas de gerentes de banco (por exemplo, títulos de capitalização).
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PERFIL 3: FLUXO DE CAIXA NO “ZERO A ZERO”
Tal situação representa pessoas ou famílias que gastam tudo o que ganham. Não têm um saldo negativo no fluxo de caixa, tampouco conseguem guardar dinheiro. Vive-se um dia após o outro, esperando que as coisas melhorem no futuro.
PERFIL 4: FLUXO DE CAIXA NO VERMELHO ESPORADICAMENTE
Temos também aqueles que, de tempos em tempos, ficam no vermelho e precisam fazer “das tripas coração” para voltar ao “zero a zero”. Em qualquer situação inesperada ou adversidade, entram no cheque especial ou no rotativo do cartão. Mas de uma forma ou de outra, sempre conseguem quitar as dívidas, apesar de a cada etapa superada ainda ficarem algumas marcas (devido ao estresse) que levarão para o resto da vida.
PERFIL 5: FLUXO DE CAIXA NO VERMELHO POR LONGOS PERÍODOS
Por fim, é possível encontrar diversas pessoas que “se acostumaram” a ficar no vermelho (mesmo percebendo que isso não é salutar). Mantêm antigos hábitos de consumo e acreditam que a solução é ganhar mais dinheiro. Paga-se uma dívida com outra e “vão levando”. Porém, efeitos colaterais como baixa auto-estima e ausência de sonhos maiores, geralmente são verificados nessa situação.
Considerações importantes
Sendo esse modelo de 5 perfis baseado, principalmente, em receitas e despesas, é óbvio que ele possui algumas limitações. Abaixo vão algumas delas:
– a pessoa/família realmente pode ter um nível de receita muito baixo. Algo como: uma família com 5 pessoas, somente uma trabalha e ganha um salário mínimo. Nesse caso, é complicado dizer que os problemas são dos hábitos financeiros. Na verdade o buraco é mais embaixo…
– se encaixar uma pessoa/família de baixíssima renda tem suas limitações no modelo, isso não se aplica àqueles que possuem grandes riquezas. Vide o caso do empresário Eike Batista, que mesmo tendo feito uma fortuna avaliada em bilhões, com a crise das empresas X, precisou vender carros, jatinho, iate, pois eram bens que geravam muita despesa (ele sabia da importância de não se gastar, constantemente, mais do que se ganha…)
– com relação aos perfis 1 e 2, gostaria de fazer um parênteses na questão do “saber investir”. Associo o “saber investir” a: associar objetivos aos investimentos mais adequados; administrar e ter clareza dos riscos; conhecer um leque amplo de possibilidades de aplicações; conforme explico ao você clicar aqui.
Conclusão
Analisar perfil financeiro através do fluxo de caixa tem suas limitações, mas na maioria dos casos é um ótimo parâmetro para compreendermos “a quantas andam” nossas finanças pessoais.
Para o PERFIL 1, meu conselho é “para o alto e avante”. Já para o PERFIL 2, sugiro um constante estudo sobre investimentos de forma a aumentar a probabilidade de bons retornos.
Com relação aos PERFIS 3, 4 e 5, acredito em apenas UMA solução. Uma revisão dos paradigmas financeiros atuais e aprender a administrar o fluxo de caixa, conforme explico em meu ebook “As 5 etapas do planejamento financeiro” – clique aqui.
E VOCÊ, EM QUAL PERFIL SE ENCAIXA? DEIXE REGISTRADO NOS COMENTÁRIOS AO FINAL DESSE POST.
É isso aí, boa sorte em suas finanças e vida pessoal!