Introdução
Quais são as bases para suas decisões financeiras?
Nesse contexto, financia-se um produto por perceber que de outro modo, nunca teria nada. Adquire dezenas de itens supérfluos com o único objetivo de alcançar algum tipo de status entre os seus. Não investe dinheiro com a justificativa que os investimentos rendem pouco e deve curtir o momento. E por aí vai.
Todavia, minha argumentação é que basear nossas decisões na opinião dos outros, é um tiro no pé. Significa fechar os olhos em relação à responsabilidade que temos perante a vida: o livre arbítrio e a necessidade de tomar iniciativas.
Princípios e propósitos
Então surge a pergunta: quais devem ser as bases para minhas tomadas de decisão financeira?
Apesar de não estarmos imunes às influências das pessoas à nossa volta, elas não podem nos determinar. É preciso que usemos nossa capacidade de ESCOLHER conforme nossos PRINCÍPIOS E PROPÓSITOS.
Os princípios (integridade, honestidade, imparcialidade…) são o solo seguro onde devemos escorar nossas decisões cotidianas. Já os propósitos são nossa bússola, e deverão nos guiar para o caminho certo.
Dessa forma, é crucial, para as finanças pessoais, saber o que realmente é relevante e o que não é. O que são somente desejos e o que realmente é prioridade.
Adquirir a consciência sobre tais questões passa, inevitavelmente, pelas resposta às perguntas que iniciei o texto.
Se você nunca pensou profundamente nisso, eis um bom começo para sua mudança de rumo financeiro.
#DICA: assista ao documentário EU MAIOR
Caso pessoal
Para demonstrar a força dos princípios e propósitos, no processo de tomada de decisão, gostaria de descrever, sucintamente, um caso pessoal.
Nos últimos anos venho dedicando boa parte de minha energia ao mundo digital. Tenho esse blog, redes sociais, ebooks, curso online, canal no Youtube, página de comprometimento público e por aí vai. E hoje consigo até tirar uma graninha vendendo produtos online, o que me permite continuar nessa intensa dedicação.
Porém, em certo momento de minha vida, acreditei que poderia alavancar exponencialmente meus ganhos. Foi então que iniciei meus estudos de marketing digital, preparando-me para uma “explosão de vendas”. Como isso tomou muito tempo, parei de fazer o que gostava (cuidar do blog, gravar vídeo-aulas, ou seja, coisas de PROFESSOR) e foquei em ganhar dinheiro (como um pseudomarketeiro).
Para encurtar a história, após todo esforço, a explosão de vendas não veio – não por culpa da estratégia em si, mas pela minha inabilidade de colocá-la em prática. E o pior, meus seguidores começaram a desfazer seus cadastros, pois eu só pensava em estratégias de vendas, e ainda por cima de maneira inadequada.
Desiludido e bastante perdido, parei com tudo. Dei um passo atrás, para só depois dar dois à frente.
Refiz-me. Acalmei-me. Para tomar uma decisão baseada na razão e não na emoção.
Consultei meus princípios, realinhei meus propósitos, e decidi: vou fazer o que sei e gosto. Esse é o caminho certo e é isso que me fará feliz. Voltei ao blog (agora toda segunda tem artigo), estou fazendo webinários gratuitos e ao vivo, toda quarta-feira…
Mas e as vendas? E o custo do meu tempo?
Na verdade, sempre guardei dinheiro para ter exatamente essa liberdade de não ficar correndo atrás dele. E até acredito que, agindo dessa forma, vou vender mais. Sendo mais eu, e não um conjunto de estratégias que, mal aplicadas, estavam acabando com minha boa imagem, cultivada durante os últimos anos.
Então BYE BYE PSEUDOMARKETEIRO, seja bem vindo, novamente, PROFESSOR!!!!!
Reconhecimento
Após voltar às minhas origens, senti-me na obrigação de comunicar, de maneira bastante sincera, essa minha decisão para as pessoas de minha lista de e-mail, as quais tanto maltratei com muito marketing (mal feito) e pouca informação.
E o reconhecimento veio rápido. No dia seguinte, recebi uma avalanche de e-mails, com conteúdos tais como poderá ver a seguir:
“A verdade é que depois de ler esse e-mail, a leitura do blog do professor Elisson será minha aula diária.” (Alysson T. G.)
“Quero expressar minha felicidade em ver que ainda existem pessoas como o senhor. O ciclo vicioso da futilidade me deixa realmente triste, é cada vez mais difícil encontrar pessoas que realmente vivem. Pessoas que abrem mão de tentar vender milhões de livros para fazer o que lhes dá prazer.” (Rauro L. K.)
“Estou muito feliz em ler esse texto. Provou mais uma vez que é uma pessoa admirável. Esse marketing a que você se referiu está se tornando cansativo e já consigo distinguir as propostas que estão se valendo dele, e analisando com cautela antes de adquirir. Alguns desses lançamentos da tal fórmula são bons, mas tem muita gente lançando produtos sem ter nenhum conhecimento técnico sobre o tema. O que não é o caso do seu curso, que valeu cada centavo investido. Eu só tenho elogios e agradecimentos.” (Josane)
“Parabenizo-o pela sinceridade com seus seguidores, o mundo precisa de mais pessoas como vc!” (Nayara)
“Muito bacana seu e-mail e seu reencontro com você mesmo. Todo mundo quer ganhar dinheiro, quem sabe rios de dinheiro (eu também quero, claro), mas antes disso, pelo menos eu enxergo assim em mim, em você e em algumas outras pessoas, somos EDUCADORES – fazer, entregar o melhor possível ao outro com a esperança de que nossa sementinha se multiplique em milhares de pessoas. Parabéns! Orgulhoso de ti!” (Phillip)
“Acho louvável a atitude que está tomando se após ter avaliado as possibilidades e ter optado por esta como sendo a melhor opção.” (Simone)
“Parabéns Prof. Elisson, fico feliz por você ter encontrado o caminho!!!” (Tomas)
“Professor, adorei o seu modelo de negocios, gostei muito do webinário. Torço para que seu talento se destaque no meio digital, que atualmente está tão poluído de lixo marqueteiro que muitas pessoas desistem de procurar coisas construtivas.” (Fernando G.)
Considerações finais
Pois bem, um novo ciclo se inicia. Fica desde já o meu convite para que participe dos meus webinários gratuitos, toda quarta-feira a noite. E que também possa ler e comentar meus artigos, que serão publicados toda segunda-feira.
Textos longos são menos lidos? É bacana colocar títulos que agucem a vontade do leitor em clicar ou que fiquem bem posicionados no Google (“As 5 dicas…”, “Os segredos…”, “O que ninguém lhe contou sobre…” etc)? É interessante encher o texto de links para que o leitor fique no blog por mais tempo? Mostra-se relevante, no meio de um artigo colocar banners ou formulários de captura de e-mails? Usar uma fonte adequada e deixar em negrito um monte de frases para destacar?
Provavelmente, isso seja verdade, e os números conseguidos por diversos empreendedores digitais mostram isso. Mas essa não é minha praia. Não sou muito afeito à arte de persuadir com técnicas que tentam ludibriar as decisões dos clientes.
Prefiro ser técnico, profundo e oferecer conteúdo significativo para aqueles que buscam um “algo mais”.
Terei menos leitores? Acredito que sim. Mas como já disse nesse texto, não posso deixar que o meio me determine.
Um forte abraço e boa sorte em suas finanças e vida pessoal.
Prof. Elisson de Andrade