Por que guardar dinheiro?
Em diversos artigos neste blog, de uma maneira ou de outra, tenho deixado minha opinião acerca da real importância do dinheiro em nossas vidas. Em suma, penso que nada adianta enriquecer financeiramente se o preço a ser pago for a deterioração da saúde ou dos relacionamentos interpessoais. E também discordo da visão imediatista, baseada em consumismo exagerado no presente, no qual as pessoas acabam aceitando correr sérios riscos de escassez no futuro.
Penso que a questão é mais profunda do que apenas consumo ou poupança. Para que o dinheiro possa ser usado de maneira realmente inteligente, é preciso que a análise esteja inserida dentro de um contexto maior. Argumento que é preciso considerar uma visão integral do ser humano, dividindo-o em quatro partes: os corpos físico, mental, emocional e espiritual. Não vou me alongar muito sobre esse tema por já ter escrito sobre ele em artigo anterior. O objetivo do presente texto é focar na relação entre os cuidados com o corpo físico (saúde) e as finanças pessoais.
Trade off entre saúde e dinheiro
Se por um lado, ter dinheiro permite pagar um bom plano de saúde, frequentar academias, alimentar-se bem etc, também é possível argumentar que ter saúde é um requisito básico para ganhar dinheiro. Veja o exemplo de pessoas com alguma doença fatal incurável. Elas pouco dão valor à questão financeira, se apegando às dimensões que realmente dão sentido à vida. Isso significa dizer que ter saúde (e cuidar dela) é condição essencial para um planejamento financeiro de longo prazo. Quando investimos dinheiro, está implícita a pressuposição de que é necessário estar com uma boa saúde para usufruir da grana guardada.
Mas não termina aí a interação entre saúde e dinheiro. Fazendo uma analogia com o futebol, também nas finanças pessoais é preciso ser bom na defesa e no ataque. Defender-se bem significa gastar pouco, enquanto ser bom no ataque tem a ver com colocar dinheiro no bolso. Disso decorre que para atacar bem é necessário disposição, energia. Por exemplo, uma pessoa debilitada fisicamente por alguma enfermidade terá maiores dificuldades em conseguir oportunidades de ganhar mais dinheiro. Outro exemplo de saúde debilitada atrapalhando as finanças é o estresse e a tensão, pois prejudicam o despertar de ideias criativas e a visualização de oportunidades.
Dessa forma, argumento nesse texto que cuidar do próprio corpo possui uma estreita relação com a administração do próprio dinheiro.
Cuidados com o corpo físico
Apesar de compreender a importância dos cuidados com a saúde, atrelar tal questão a finanças pessoais me ocorreu após concluir o excelente curso Produtividade Ninja. Apesar de ser um curso focado em produtividade, a aplicabilidade dos conceitos é para o ser humano, em qualquer de suas dimensões, inclusive a financeira. Alimentar-se bem, dormir adequadamente, fazer exercícios físicos, dentre outros hábitos, mostra-se como condição essencial para o sucesso pessoal, financeiro e profissional.
Foi também no Produtividade Ninja onde ouvi falar, pela primeira vez, sobre o excelente livro Mastery: the Keys to success and long term fulfillment, de George Leonard. O autor trata de como atingir a excelência (maestria) em qualquer desafio que você se proponha a enfrentar, dando bastante importância à questão física – dentre outros aspectos. Focando em finanças pessoais, isso representa preocupar-se com a saúde, de forma a ter mais energia para conquistas financeiras.
Dentre as diversas dicas oferecidas por Leornard, irei focar em sua argumentação de que existem exercícios que podem ajudar qualquer pessoa melhorar sua disposição diária. Sendo um mestre na arte oriental do aikido, Leonard explica que o simples hábito de centralizar e balancear o corpo pode auxiliar pessoas a lidar não só com desgastes físicos do dia a dia, como também problemas emocionais e mentais.
Balancear significa que o peso de seu corpo deve estar distribuído uniformemente, da esquerda para a direita, para frente e para trás, dos pés à cabeça. Já a centralização implica que a consciência do corpo deve estar focada no centro do abdômen, ao invés da cabeça e ombros – o que acaba gerando boa parte das tensões. Segundo Leonard, um ponto importante é que estar psicologicamente equilibrado depende, em grande parte, de estar fisicamente balanceado e centralizado.
Para ajudar nesse processo de adequação física, o autor descreve um exercício bastante interessante, colocado em prática por mim nesses últimos dias, e que motivou a escrita desse artigo. Decidi gravar um áudio para me auxiliar na execução dos movimentos todos os dias de manhã e isso me fez tão bem que decidi compartilhar com meus leitores. Tendo em mente a importância do cuidado com o corpo físico para as finanças pessoais, a minha intenção é oferecer uma ferramenta simples de começar o dia balanceado e centralizado, permitindo maior disposição e energia para cumprir com as obrigações diárias.
Sei que para alguns céticos, o áudio do vídeo abaixo pode parecer inócuo, outros podem argumentar sobre algum “efeito placebo”, mas como tem sido bom para mim, decidi “arriscar” e dividir essa experiência com você, leitor.
Se fizer o exercício, deixe um comentário ao final desse post com sua opinião.
Boa sorte em suas finanças e vida pessoal.
EXERCÍCIO DE BALANCEAMENTO E CENTRALIZAÇÃO DO CORPO
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