No presente artigo gostaria de compartilhar dois vídeos bastante interessantes, sobre experimentos realizados com espécies de macacos.
O primeiro analisa a questão da cooperação (cooperation) entre primatas. O áudio está em inglês, mas mesmo para quem não compreende o idioma, é bastante intuitivo.
Para saber se existe um senso de cooperação entre os macacos, eles foram separados por um vidro: um possui a comida e o outro uma pedra que permite abrir o pote (só irão conseguir comer se trabalharem em conjunto).
Veja o que aconteceu ao final do experimento.
Já o segundo experimento busca avaliar o senso de justiça (fairness) entre os primatas. Será que esses bichinhos têm a capacidade de se sentirem INJUSTIÇADOS?
Confira a seguir…
Como se pode notar, os experimentos apresentam evidências de que o senso de justiça e cooperação estão presentes em outros seres vivos, além dos humanos.
Essa modalidade de pesquisa é bastante comum no campo do estudo comportamental, sendo que ao estudar primatas talvez seja possível fazer alguma inferência sobre as origens de nosso comportamento.
No entanto, apesar de haver literatura muito interessante sobre a presença de senso de justiça e cooperação, tanto em seres humanos como em outros animais, gostaria de convidar-lhe a fazer uma interpretação bastante descompromissada, em termos científicos, acerca dos vídeo.
Uma leitura pessoal, que abarcasse questões ligadas às finanças pessoais e que não necessariamente estão no escopo da pesquisa apresentada no vídeo.
Uma primeira questão que me veio à cabeça, ao término do primeiro experimento, foi sobre a necessidade de cooperação financeira, dentro do ambiente familiar.
Tal cooperação de que falo não significa um emprestar dinheiro para o outro, mas sim do alinhamento comportamental na busca de objetivos.
Explico.
Imaginemos um casal com filhos. Quando não há comprometimento com objetivos bastante claros, é difícil haver cooperação.
E se cada um pensar apenas em seus objetivos individuais, provavelmente haverá problemas de relação, principalmente entre o casal.
Logo: as despesas do orçamento doméstico devem estar alinhadas a objetivos claros e compartilhados.
Um outro ponto que o segundo experimento me remeteu, foi quanto à questão do consumo.
Em outro artigo, denominado Vírus da Pobreza, abordei o comportamento baseado na comparação com o que os outros consomem.
Muitos dos descompassos financeiros observados, na prática, estão relacionados ao consumo exagerado de itens supérfluos, mas que psicologicamente afetam as pessoas de maneira acentuada.
Exemplo: “se uma pessoa pode ter o carro X, por que eu não posso tê-lo também, se ganhamos o mesmo salário?” – nem que isso corresponda a uma situação final de que ambos contraíram dívidas além de suas possibilidades.
Parece que sempre o “alimento do outro é melhor que o pepino que andamos comendo”.
Sair dessa armadilha, como sempre digo, depende de uma boa dose de autoconhecimento e definição de prioridades.
E você, tem mais alguma interpretação sobre o comportamento dos macaquinhos, apresentado no vídeo, aplicada às finanças pessoais? Deixe seu ponto de vista nos comentários deste post.
Abraços e boa sorte em suas finanças e vida pessoal.