Você já havia parado para pensar que diferentes percepções sobre o TEMPO podem ser a causa de muitas brigas entre membros da sua família?
Entender que pessoas diferentes podem lidar com o tempo de formas bastante distintas, é a chave para iniciar uma vida financeira saudável (pois as relações tenderão a se fortalecer).
Continue lendo esse artigo para viajar num assunto que, talvez, nunca tenha parado para pensar…
HIPERATIVIDADE: Um Caso Clássico
Para ilustrar como é possível se ter diferentes noções de tempo, peguemos o caso de Everton e Lúcia.
Em diversas situações, o casal enfrentou pesados conflitos de pontos de vista (algo bastante comum, não é mesmo?).
Mas o problema é que nenhum deles possuía total clareza de que muitas dessas desavenças tinha sua origem em suas diferentes noções de tempo.
Confira alguns dados importantes:
1) Everton é hiperativo. Ao chegar ao supermercado estaciona na primeira vaga que encontra. Considera xadrez um jogo monótono. Tem um raciocínio super rápido e desdenha de quem não acompanha sua velocidade. Não tem filtro sobre o que fala e acaba magoando muitas pessoas (apesar de um coração de ouro). Irrita-se com qualquer atraso da esposa (5 minutos são uma eternidade). Na verdade, considera sua esposa uma pessoa muito devagar. Pouco para sentado nas rodinhas, estando sempre em movimento.
2) Lúcia é mais calma. Sua relação com o tempo é outra. Gosta da contemplação. É ponderada e paciente. Faz Yoga. Sua vida não é pautada no tempo do relógio, mas sim em sua própria maneira de enxergar a vida. Já “engoliu muito sapo” do marido, mas sabe que ele tem um bom coração. Gosta de cultivar plantas. Não decide nada por impulso, de uma só vez: precisa esperar, consultar outras pessoas, e sua resposta só irá ser dada após algumas horas ou dias. E o melhor, mesmo nesse ritmo, é super produtiva e focada.
Com esse exemplo de Everton e Lúcia, você consegue imaginar como nossas relações diárias podem ser muito afetadas apenas pela existência de diferentes noções de tempo?
Mas então, o que fazer?
SINERGIA OU BARREIRA?
Ainda pensando no caso de Everton e Lúcia, podemos analisar tal questão sob dois pontos de vista:
– SINERGIA: nesse caso, utilizariam suas diferenças para crescer e se tornarem mais fortes. É a ideia de que um complementaria ao outro.
– BARREIRA: na falta de ferramentas emocionais para lidar com as diferenças, vão se distanciando cada vez mais e criando um abismo em sua relação.
Na prática, não é nada fácil que a sinergia prevaleça.
Em boa parte dos casos, os conflitos acabam se tornando comuns, pois, infelizmente, ambos não conseguem compreender que cada um tem seu tempo.
Que cada um tem uma forma peculiar de lidar com as situações do dia a dia.
Por isso decidi escrever esse artigo.
Para que você comece a reparar se, brigas e discussões, dentro de casa, não podem ter sua origem em ritmos distintos de ver/perceber/viver a vida.
Exemplo Prático
O aniversário de 6 anos do filho de Everton e Lúcia foi um evento clássico de incompatibilidade de noção do tempo.
Ao longo de 2 meses Lúcia visitou vários Buffets, perguntava para as amigas qual era o melhor, e até tentou levar Everton para conhecer alguns com ela, mas logo desistiu de pedir a opinião do marido.
Por quê?
No primeiro estabelecimento que visitaram, o marido já gostou e queria fechar negócio. Como era hiperativo e ansioso, estava com medo que alguém reservasse a mesma data nos próximos dias.
Todavia, Lúcia não era afeita a decidir de tal modo. Queria ter CERTEZA da escolha. O processo fazia parte da festa.
Por seu lado, Everton disse à esposa, inúmeras vezes, que ela era “muito enrolada”.
Para Lúcia, todo o processo foi extremamente desgastante.
Passado esse evento, o casal descobriu o curso Mudança de Hábitos Financeiros, a aprenderam a dialogar e respeitar as diferenças.
Descobriram-se um ao outro e decidiram usar as opiniões alheias para construir algo JUNTOS.
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Foi então que no aniversário de 7 anos do filho, doze meses depois, tudo ocorreu de modo bastante suave.
Lúcia utilizou da energia de Everton para resolver algumas coisas que já haviam decidido de forma compartilhada.
E Everton aprendeu a ter calma e curtir todo o processo. Tirou de letra. Se envolveu nas pequenas coisas que julgava ser BOBAGEM. Apesar da correria, conseguiu ver e desfrutar da alegria do filho no dia do evento e também percebeu que os olhos da esposa brilhavam.
Esse é um exemplo que, apesar de fictício, ilustra bem o que venho ensinando a centenas de casais que fazem meus cursos ou leem meus livros.
É preciso que pessoas que se amam ajustem, dia a dia, a sintonia entre elas.
Isso não significa, de forma alguma, ACEITAR o que o outro impõe.
A grande questão é compreender que cada um tem seu tempo. E usar do amor que existe entre ambos, para aprender a tirar proveito disso.
Um exemplo desse meu esforço está no artigo: 7 coisas que você NÃO pode falar para sua esposa. Indico fortemente a leitura, clicando no link.
E para que você também possa ter as mesmas sensações de quem já fez o curso, tenho um feedback muito interessante de um vídeo que fiz especialmente para o Mudança de Hábitos Financeiros.
Enquanto ensino diversas técnicas de comunicação empática, para que os objetivos financeiros sejam decididos de forma eficiente e sinérgica, as pessoas se deparam com diversas barreiras.
E uma forma de quebrá-las é fazendo-as olhar para dentro de si e resgatar os bons pensamentos, como mola propulsora de se habituar a ser uma pessoa melhor e fazer do relacionamento a dois algo mais suave.
Assista para abraçar, você também, essa sensação.
E as Finanças com isso?
Obviamente, nem todos os problemas financeiros, dentro de uma família, ocorrem por percepções distintas sobre o tempo.
Todavia, se tal diferença existir, você já estará preparado(a) para compreender e lidar com esse problema de forma mais adequada.
Isso porque o simples fato de poder enxergar ao outro (cônjuge, filhos, amigos) sem pré-julgamentos, já facilita a resolução de possíveis problemas.
E se você e seu parceiro (sua parceira) quiserem encarar esse difícil processo de adequação às diferenças, ou seja, se quiserem transformar o que lhes distingue em sinergia ao invés de uma barreira, de maneira sistematizada e com apoio diretamente meu, tenho uma sugestão.
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