O Tesouro Direto é uma aplicação em renda fixa, baseada em títulos do Governo Federal, que cada dia mais está caindo no gosto dos investidores, que percebem nessa aplicação uma relação custo/benefício bem favorável (boa rentabilidade, baixo risco e custos que podem ser bem modestos).
O presente artigo não tem o objetivo de apresentar todos os títulos disponíveis, explicando como investir nesse mercado. Para isso, consulte o Manual do Tesouro Direto, que consiste em uma série de artigos
Feito esse esclarecimento, o que irei apresentar neste texto são algumas características das aplicações em Tesouro Direto, sendo parte integrante de um estudo bastante aprofundado sobre aplicações em renda fixa, denominado ESPECIAL INVESTIMENTO.
Títulos disponíveis para a compra
Os títulos disponíveis no Tesouro Direto podem ser classificados em pré e pós fixados. No primeiro, contrata-se uma taxa de juros nominal fixa. No segundo, a rentabilidade dependerá de algum outro indicador (inflação e taxa Selic).
Um título em especial, que será o modelo para nossas simulações, é denominado NTN-B Principal. Ele foi escolhido pela característica de ter sua rentabilidade vinculada a um índice de inflação (IPCA).
Isso significa que ao comprar esse título, você garante uma rentabilidade REAL do seu investimento, pois lhe pagará no seu vencimento, certo percentual ACIMA da inflação.
Para efeitos do estudo relativo à simulação com Tesouro Direto, essa é uma característica que facilita a análise.
No dia de hoje (21/08/2011) é possível comprar uma NTN-B Principal, para vencimentos acima de dez anos, a uma taxa REAL próxima a 6% ao ano.
Custos de operação
Ao investir no tesouro direto, o investidor pode se deparar com algumas taxas, que estão expostas a seguir:
a) Taxa de custódia CBLC de 0,3% ao ano, a ser paga sobre o valor total dos títulos em poder do investidor;
b) Taxa de administração do agente de custódia, que pode variar consideravelmente, a depender da escolha do seu agente (banco ou corretora de valores, por exemplo).
Imposto de renda
A cobrança de imposto de renda se dá no resgate dos títulos, incidindo sobre o rendimento dessa aplicação. Isso significa que ao aplicar R$1.000,00 e depois de certo tempo sacar o valor de R$1.200,00, o imposto de renda será cobrado apenas dos juros ganhos no período, no caso R$200,00.
Outro ponto importante a destacar é que as alíquotas que servem como base para a cobrança do imposto de renda, dependem do prazo da aplicação. Veja tabela abaixo.
Prazo do Investimento |
Alíquota de IR |
0 a 6 meses |
22,5% |
6 meses a 1 ano |
20% |
1 ano a 2 anos |
17,5% |
Mais de 2 anos |
15% |
Perceba que quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor será a alíquota de imposto de renda que incidirá sobre seus rendimentos.
Para o caso de aplicações periódicas, como, por exemplo, R$500,00 por mês durante um período de 5 anos, a cobrança do imposto de renda será proporcional.
Isto é, as aplicações dos seis últimos meses sofrerão uma tributação de 22,5%, e assim sucessivamente, até as aplicações mensais de dois anos para trás, serem tributatas à alíquota de 15%.
Considerações Finais
Bem pessoal, por hora são essas as informações relevantes para nosso estudo. No próximo post que faz parte do ESPECIAL INVESTIMENTOS, serão apresentados os resultados das simulações com Tesouro Direto.
O objetivo é analisar o impacto de diferentes taxas de administração, para os períodos de 10, 20 e 30 anos.
Tais cálculos também servirão de base para comparar a rentabilidade dessa aplicação com outras formas de investimento, como Fundos de Renda Fixa e Previdência Privada (PGBL e VGBL).
Boa sorte em suas finanças e vida pessoal!