Nos últimos artigos publicados nesse blog, frequentemente tenho citado obras de Stephen Covey, e dessa vez não vai ser diferente. Irei utilizar uma passagem de seu livro O 8º hábito: da eficácia à grandeza, Editora Campus, para desenvolver algumas ideias sobre escolha.
Covey (p. 42) cita que três frases marcaram sua vida, quando se deparou com elas em um livro:
Entre o estímulo e a resposta há um espaço.
Nesse espaço está nossa liberdade e a capacidade de escolher nossa reposta.
Nessas escolhas estão nosso crescimento e nossa felicidade.
Graficamente, esse processo que compreende o recebimento de um estímulo e o oferecimento de uma resposta, pode ser expresso por:
Sobre a liberdade de escolha
Já escrevi, em artigo anterior, sobre a diferença entre agir e reagir, no contexto financeiro pessoal, em que aceitar passivamente os obstáculos, acaba por tolher a capacidade humana de escolhas. E também que é preciso ser proativo, e muitas vezes nadar contra a corrente, para que seja possível o engrandecimento pessoal.
Mas nesse momento gostaria de focar na questão da liberdade de escolha, tal como definida no fluxograma apresentado acima. Esse espaço entre estímulo e resposta deve ser utilizado de maneira inteligente. Quando, por exemplo, vemos um produto na vitrine de uma loja, recebemos diversos estímulos para a compra (visuais, sensoriais, e até olfativos, em alguns casos). Porém, entre esse momento e a possível efetivação do negócio, é importante termos a consciência de que podemos escolher entre comprar ou não.
Muitas pessoas abreviam o espaço de tempo em que deveria refletir sobre questões como: há a necessidade de adquirir esse produto hoje? Não tenho eu outras prioridades? Eu apenas quero ou eu preciso desse produto? Ou seja, é preciso utilizar o espaço entre estímulo e resposta de maneira a racionalizar a escolha, para que não se compre por impulso, prejudicando a própria saúde financeira.
Todos nós, seres humanos, somos abençoados com o dom da liberdade de escolha. Porém, muitas pessoas abrem mão desse momento precioso, fazendo com que “o dia de ontem mantenha como refém o dia de amanhã”. E assim, os hábitos vão se repetindo de maneira desorientada e fugindo do controle.
Portanto, o presente artigo é um convite ao desenvolvimento e aprimoramento de sua liberdade de escolha. Para isso, primeiramente, é preciso ter a consciência que somos nós quem decidimos entre comprar ou não algo: isso não deve ser imposto pela sociedade, nem vir de força de hábito. Em segundo lugar, forçar o cérebro a escolher bem aumenta o leque de possibilidades, instigando o florescer de sua criatividade, sua capacidade de inovação. Um terceiro benefício do bom uso da liberdade de escolha é o sentimento de que o leme de sua vida está sob seu controle, em que você se torna o principal responsável pela criação de seu futuro.
Pois é, um pequeno espaço de tempo, bem utilizado, pode mudar fazer toda diferença.
Boa sorte em suas finanças e vida pessoal!