Objetivo do artigo
A partir dessa semana, irei compartilhar trechos de algumas avaliações de meus alunos, da faculdade em que leciono, como parte de suas notas para fechamento do semestre. Tal avaliação consistia em relatar como seus paradigmas financeiros foram construídos, o que mais gostaram do curso e, por fim, dizer o que esperavam de seu futuro financeiro.
Meu objetivo, com esse artigo, é mostrar histórias de vida reais, de pessoas que talvez tenham os mesmos problemas que você. Esse exercício mental, talvez, possa ajudar-lhe em uma leitura pormenorizada sobre a maneira como lida com dinheiro, suas consequências e soluções.
Obs: o conteúdo que ensino aos meus alunos da faculdade é muito semelhante ao do curso online Mudança de Hábitos Financeiros
Análise
Para iniciar essa série de artigos, escolhi um aluno bastante aplicado, de nome Luiz Edinaldo. Uma característica que o diferencia do perfil geral da classe é que já é um pai de família, com filhas pré-adolescentes, e uma visão mais madura sobre as próprias finanças.
Então, vejamos um trecho de sua avaliação semestral, quando trata sobre seus paradigmas financeiros.
“Meu paradigma financeiro tem suas bases alicerçadas, principalmente, na família, onde junto com meus pais e meus irmãos, vivemos uma infância e uma adolescência com muitas dificuldades financeiras. Isso me tornou uma pessoa muito segura, que pensa e analisa todo gasto com as coisas chamadas supérfluas. “
Quando peço aos meus alunos que analisem como sua maneira de pensar o dinheiro foi construída, geralmente a família é colocada como grande influenciadora das tomadas de decisões atuais. No caso de Luiz Edinaldo, isso não foi diferente.
Entretanto, o que mais me chamou a atenção foi ele ter citado as dificuldades financeiras do passado como fator positivo para as finanças atuais, percebendo que isso o deixou mais seguro e coerente no trato com as chamadas “coisas supérfluas”.
Ressalto esse ponto porque, nas provas de outros alunos em que esse problema é apontado, as dificuldades do passado passam a ser o motivo dos gastos atuais. Busca-se “compensar” toda privação da infância e adolescência, e as DÍVIDA tornam-se parceiras inseparáveis na vida adulta.
É preciso ficar de olhos bem abertos para que problemas do passado não sejam a raiz de más decisões que determinarão o futuro financeiro. Para lhe fazer refletir, pense no seguinte: já ouvi muitos pais dizendo que fazem de tudo pelos filhos, com a alegação que vão dar a eles tudo o que não tiveram. Se pensarmos apenas em questões que envolvem dinheiro, seria esse ponto de vista salutar?
Continuando com as reflexões de Luiz Edinaldo, quando perguntado qual assunto mais apreciou durante o curso, veja sua resposta.
“Com certeza, dentro dos ensinamentos do curso, o que mais me chamou a atenção e estou colocando em prática no meu dia a dia para se tornar um hábito, é a administração de energia. Isso porque perdia muito tempo gastando energia com coisas fúteis e acontecimentos banais do cotidiano, mas agora analiso-os com mais tranquilidade. Estou conseguindo receber os estímulo de acontecimentos corriqueiros e responder com mais serenidade, de forma a administrar meu tempo, gastando minha energia com coisas que realmente importam e valem a pena”.
A discussão sobre administrar energia, talvez, toque mais profundamente pessoas maduras que os jovens. Quando se tem 20 e poucos anos, a energia é tanta que, mesmo jogando-a fora com um monte de bobagens, a percepção de que ela está sendo mal usada fica menos clara.
No entanto, quando se percebe que o corpo não responde tal qual na juventude. Quando se reflete quanta coisa importante poderia ter sido feita e não foi. Falar sobre administração de energia parece fazer mais sentido. A assimilação é mais evidente!
E por fim, chegado o momento de dizer o que espera de seu futuro financeiro, Luiz Edinaldo respondeu:
“Aplicando os conhecimentos obtidos no curso e procurando evoluir em vários aspectos profissionais e pessoais, espero que no futuro minha vida financeira seja mais estável. Desejo ir em busca da realização profissional e liberdade de escolha, conquistar ativos bons que tragam segurança familiar, e ter condições de uma vida que possa suprir nossas necessidades e realizar os sonhos que realmente valham a pena.”
Quando nos preocupamos em aprender e colocar em prática esses ensinamentos, estamos dispostos a mudar.
Se desejamos mudar, é porque temos o propósito de sair dessa vida melhor do que entramos.
E se tudo isso der um sentido nobre à nossa existência, certamente a relação com o dinheiro será mais eficaz.
Espero ter contribuído para que o Luiz Edinaldo nunca deixe morrer essa chama da mudança. É isso que me faz feliz e adorar ser professor. Inspirar os outros a encontrar o seu caminho. Enquanto isso, também vou aprendendo e construindo o meu! E você, aprendeu alguma coisa com esse texto? Deixe seu comentário.
Forte abraço e boa sorte em suas finanças e vida pessoal!