Conforme citado no artigo publicado da semana passada, esse post faz parte de uma série em que apresentarei fragmentos de uma avaliação aplicada aos alunos da faculdade onde leciono. Nessa avaliação, realizada ao final da disciplina “Introdução à Educação Financeira” , pedi que todos descrevessem como seus paradigmas financeiros foram construídos, com qual parte da matéria mais se identificaram e dissertassem sobre suas expectativas financeiras futuras.Para esse segundo artigo da série, escolhi a avaliação de uma excelente aluna, chamada Thais Tranquelin, e já apresento a transcrição do trecho em que a jovem apresenta sua percepção sobre a formação de seus paradigmas financeiros.
“Ao longo de minha vida construí um paradigma financeiro – que ainda levo comigo – bastante influenciado por meus pais. Eles ensinaram-me a poupar dinheiro e que tal comportamento iria ajudar a conquistar meus objetivos e obter sucesso financeiro no futuro. Sempre disseram o quão importante é saber ponderar o que eu quero e o que realmente preciso.
Aprendi também que jamais devo deixar de aproveitar a vida, para não me arrepender depois. E sempre me mostraram que devo saber qual o limite para a ambição, de forma que ela não me faça esquecer meus princípios e crenças. Esse limite me faz saber que não devo passar por cima de outras pessoas, que nunca devo deixar de ser humilde e que não posso esquecer de onde eu vim (minha família). Por outro lado, tenho que buscar realizar meus sonhos e alcançar meus objetivos.“
O que se pode notar nessa primeira parte da avaliação é uma visão muito madura da aluna e com forte influência dos ensinamentos (muito interessantes, por sinal) recebidos dois pais. E acompanhando sua trajetória ao longo dos quatro anos de faculdade, posso afirmar que tais palavras expressam com bastante fidelidade seu caráter e modo de agir.
Portanto, podemos inferir como é importante os ensinamentos recebidos dentro de casa, na formação dos paradigmas, não só financeiros, mas também éticos a serem consolidados ao longo da vida. Para uma visão mais profunda sobre essa questão, sugiro a leitura do artigo Como investir no futuro de seus filhos.
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Com relação à importância dos temas tratados ao longo do semestre, veja a opinião da aluna, logo abaixo.
“Hoje, em minha vida financeira, considero-me uma pessoa organizada, centrada e poupadora. Estabeleci três perguntas quando penso em comprar algo: Eu quero? Eu posso pagar? Eu realmente preciso? Assim, venho tentando seguir esse raciocínio e só compro se as três respostas forem sim. Claro que às vezes compro sem realmente precisar, mas esse método tem me ajudado muito.
Outro fator que só veio a reforçar meu modo de pensar e tomar minhas decisões financeiras foram alguns temas da aula de introdução à educação financeira, os quais explico adiante.
O ciclo do enriquecimento mostrou algo que eu nunca havia pensado. Que além de reduzir despesas tenho que saber aonde investir o dinheiro para que ele possa render e aumentar as receitas. Só assim posso alcançar minha independência financeira.
O conceito de riqueza apresentado também me surpreendeu, pois sempre vi o “ser rico” como a quantidade de bens que uma pessoa tem e isso não é necessariamente verdade. O que importa é ter ativos bons, que gerem receitas maiores do que as despesas.
Quanto ao propósito, todos têm vontade de buscar algo, algum propósito ou sentido para a vida. Eu sempre busquei estabelecer metas e objetivos futuros para alcançar esses propósitos. Quando foi estudado esse tema em sala de aula eu apenas reforcei a importância que sei que existe em identificá-los e qual sentido devemos dar a isso. Só assim, podemos buscar alcançar aquilo que almejamos.
Em relação às prioridades, sempre as estabeleci, mas não da maneira como deveria. Muitas vezes no meu cotidiano não parava para analisar o que realmente importava. Durante as aulas vi que preciso rever vários aspectos de minha vida, principalmente no gerenciamento do meu tempo, pois tenho feito coisas que não são realmente importantes. Percebi que muitas coisas que faço não são importantes e nem obrigatórias, ou seja, gasto tempo com coisas não produtivas e que não me trarão um bem maior.“
Com bastante sinceridade, sinto-me muito orgulhoso ao ler um depoimento desses. Fico realizado ao perceber como assuntos tão importantes foram absorvidos de maneira profunda pela aluna. Acredito que Educação Financeira vai muito além de aprender lidar com números e conceitos, mas passa por uma melhoria da concepção da vida como um todo. E parece que estou conseguindo atingir esse objetivo, não é mesmo?
E para finalizar, apresento as palavras de Thais em relação às suas perspectivas de futuro.
“Concluindo, o que espero de minha vida financeira no futuro é que eu consiga a independência financeira e possa entrar no ciclo de enriquecimento. Assim, poderei ter um futuro mais tranquilo e que permita fazer o que desejo e possa aproveitar oportunidades que aparecerem em minha vida.“
Simples, direto e profundo.
E é por isso que vou continuar esse meu trabalho de formiguinha, em consonância com meu PROPÓSITO de auxiliar pessoas a encontrarem seus próprios caminhos.
É isso aí, um forte abraço e boa sorte em suas finanças e vida pessoal!